Sobre o Atleta
Clube: ADFEGO – Assossiação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás.
Como começou no esporte?
Sempre fui muito ligado ao esporte, e até a minha adolescência jogava futebol (mesmo com a deficiência) com meu irmão e primos e depois passei a jogar campeonatos escolares como goleiro e era muito bom no gol, chamando a atenção de muita gente pelo fato de ser portador de uma deficiência física.
Aos 18 anos tive o meu primeiro contato com o esporte Paralímpico, e comecei a jogar Vôlei Sentado, onde me profissionalizei e passei a disputar regionais e brasileiros pelo meu clube – ADFEGO.
Joguei por vários anos, até o meu então técnico me aconselhar a conhecer o Parabadminton. Em 2019 comecei a disputar campeonatos Estaduais e Regionais e em 2021 o primeiro Brasileiro.
Quais as suas conquistas?
Em 2022 consegui a minha primeira medalha em um Nacional, e desde então venho conquistando pódios em todos os Estaduais, Regionais e Nacionais.
Como o esporte mudou sua vida?
O portador de deficiência física nem sempre consegue se encaixar no contexto esportivo convencional, e o esporte, como sabemos, nos faz viver na sua essência, e o esporte paralímpico vem como essa válvula não de escape, mas de pertencimento mesmo.
Quando comecei a treinar com atletas que viviam no mesmo contexto, minha vida começou a ter mais sentido, pois eu já não era um impossibilitado, eu tinha a oportunidade sim de me tornar um atleta profissional e viver do esporte, e isso foi o que mais me cativou, pois era o meu sonho (que na infância parecia irreal) se tornando realidade.
Hoje, através do esporte, sou conhecido pela comunidade do Parabadminton por minha dedicação ao esporte e no seu fomento. Com essa ascensão me tornei membro da Comissão Brasileira de Atletas do Badminton.
Como o esporte impactou na sua vida e na realização pessoal e profissional?
De uma forma bem única, o Parabadminton me fez chegar a lugares que jamais imaginei, e a conhecer pessoas de diferentes culturas, me tornando um ser humano melhor.
Como o esporte impactou financeiramente a sua vida?
Financeiramente, ainda não tive um impacto no “saldo positivo”. Por mais que eu tenha bolsa atleta, receba incentivos do Município onde moro – Cristalina-GO, e de alguns patrocinadores, todo o custo para treinamento, equipamentos e competições acabam sendo muito maiores do que o que recebo.
Por conta dessas questões, acabo tendo que dividir o esporte com a minha formação em fonoaudiologia para conseguir me manter no esporte e participar das competições que são tão importantes para o ranking.
Quais seus planos futuros dentro do esporte?
O meu principal objetivo é me consolidar no Parabadminton brasileiro, e depois buscar campeonatos internacionais e chegar à seleção.