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Thiago Preto postou uma atualização
A Transição: E quando chega a hora de mudar???
Atletas profissionais dedicam quase metade de suas vidas a um propósito singular: a alta performance. Desde muito cedo, seus dias são preenchidos com treinos, competições, dietas rigorosas, viagens constantes e uma disciplina que poucos conseguem manter. Para alcançar o topo, muitos abrem mão de festas, de momentos com a família, de estudos tradicionais e até mesmo de oportunidades profissionais fora do esporte. Essa escolha, embora consciente, impõe um preço silencioso: o custo de oportunidade.
Custo de oportunidade é tudo aquilo que deixamos de viver ou conquistar ao optar por um determinado caminho. No caso dos atletas, isso significa não apenas oportunidades de carreira paralela, mas também vivências sociais, acadêmicas e até familiares. É uma moeda invisível que se paga para manter o foco no desempenho.
Mas e quando o ciclo de alto rendimento chega ao fim? O que acontece quando o corpo já não responde da mesma forma, ou quando a paixão pelo esporte dá lugar à necessidade de novos desafios?
Essa transição — do esporte para o “pós-carreira” — é uma das mais delicadas e emocionais que um atleta pode viver. Não se trata apenas de mudar de profissão. Trata-se de reconstruir identidade, reavaliar sonhos e aprender a equilibrar tudo aquilo que foi adiado em nome de uma meta.
Como equilibrar desempenho e preparação para o futuro
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Educação contínua
O esporte exige foco, mas não impede que o atleta estude e se prepare ao longo do caminho. Investir em cursos, mentorias e formações específicas (mesmo que em paralelo) pode criar pontes para o pós-carreira. -
Gestão financeira estratégica
O atleta deve compreender que sua carreira tem prazo de validade. Planejamento financeiro, investimentos e uma boa assessoria são ferramentas essenciais para manter a autonomia e liberdade na transição. -
Construção de uma rede de contatos
O networking não deve se restringir ao universo esportivo. Conectar-se a empreendedores, profissionais de outras áreas e projetos extracampo abre horizontes e revela talentos adormecidos. -
Apoio psicológico e identidade além do esporte
Muitos atletas se sentem “perdidos” ao encerrar suas atividades, pois suas identidades estão profundamente ligadas ao desempenho. É fundamental entender que o valor pessoal vai além dos troféus. A carreira no esporte é uma etapa — não o todo. -
Exploração gradual de novos caminhos
É possível experimentar projetos paralelos, empreender, atuar como mentor, comentarista ou gestor esportivo enquanto ainda se compete. O equilíbrio está em abrir janelas sem fechar portas.
A transição do esporte para a vida fora das arenas não é um fracasso — é uma evolução. O atleta que entende que toda sua vivência em alta performance é algo único, começa a entender que ele e principalmente a sua mentalidade é ferramenta valiosa para todo tipo de organização, então não tenha medo da transição, mergulhe de cabeça por que sem dúvida o Esporte é uma sala de aula e você pode ensinar muita gente.
Se o esporte é a primeira paixão, o próximo capítulo pode ser ainda mais grandioso — com propósito, maturidade e impacto.
Ivani Silva, Marina Kim e 2 outros-
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